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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Ato em SP contra o aumento da tarifa

Vídeo da manifestação contra o aumento da tarifa do transporte público (ônibus) em São Paulo. Organizado pela 'Rede Contra o Aumento' o ato ocorreu dia 26/11/2009 e percorreu o centro de São Paulo.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Mais um vídeo sobre a Flaskô

Reportagem do Programa "SindMetal TV - O canal do Trabalhador" sobre a fábrica ocupa Flaskô

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Juventude e Trabalho

Iago Paqui- Presidente da Ujes (União Joinvilense dos Estudantes Secundaristas)

Hoje em dia vemos adolescentes cada vez mais jovens em busca de emprego, logo aos seus 14, 15 anos de idade os jovens ja pensam em procurar trabalho.

Os jovens que trabalham dedicam grande parte do seu tempo a esta função. Tem claramente os seus estudos prejudicados, pois tem dificuldades de achar tempo para fazer os trabalhos escolares e estudar para as provas. É o caso de Maico da Silva Paixão, estudante da escola Juracy Browsing :

“ Com certeza fica dificil se concentrar nos estudos quando se trabalha o dia inteiro e tem que estudar á noite já cansado” diz Maico.

Maico está certo, a realidade dele não é diferente da maioria dos estudantes que trabalham. Vejam o que diz Alexssandro R. Vanin, estudante da escola Dr. Tufi Dippe:

“ Além de ter os estudos prejudicados tembém perdemos grande parte do nosso tempo que poderiamos gastar na nossa formação e lazer.”

É claro que trabalhar tão cedo não é muito saudavel, mais porque esses jovens tem que trabalhar?

A maioria deles, são filhos de trabalhadores explorados pelos patrões e pelo sistema capitalista, esses trabalhadores nem sempre dão conta de sustentar sozinhos a suas familias então tem de pedir ajuda aos seus filhos. Está é uma das causas, mas também há o desejo do jovem de ter dinheiro para ir ao cinema, para comprar os vários produtos disponiveis no mercado, enfim para ter acesso ao lazer e a cultura, estes dois que são de responsabilidade do governo que tem de garantir que os jovens tenham uma vida digna, mas não o faz.

Os filhos dos ricos, dos patrões, não precisam trabalhar logo na adolescencia, os seus pais garantem que eles tenham um ensino de qualidade numa escola particular e que possam comprar todos os direitos que o governo não garante. Ainda mais agora na hora em que o governo dá bilhoes para sauvar os patroes da crise e de ficarem um pouco menos ricos.

Já os filhos de trabalhadores:

“Trabalho de segunda á sexta das 13 h até as 19 h e de sabádo das 7h até as 13h, na semana estudo das 7:20h até as 11:30 h, não tenho tempo para nada!” Alexssandro Vanin.

De quem é a culpa por esta situação?

Em primeiro lugar é do sitema capitalista, baseado na propriedade privada dos meios de produção e na busca pelo lucro. Sociedade que é a raiz das diferenças de classes e da pobreza.

Em segundo é do governo que não investe na educação e não garante um futuro para a juventude.

Precisamos unir a juventude na luta por uma sociedade mais justa e por uma educação de qualidade. A única saida é o socialismo, sociedade baseada na propriedade coletiva e na igualdade.


quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Em defesa da Flaskô - Trabalhadores em defesa dos Empregos pela (Re) Estatização e Controle Operário

Neste sábado (28/11), vai acontecer o 1º Seminário "Trabalhadores em defesa dos Empregos pela (Re) Estatização e Controle Operário", às 9 horas na Flaskô - Fábrica Ocupada Sob Controle Operário (Sumaré-SP), haverá ônibus saindo de São Paulo.

Entre em contato (contato@revolucao.org) para você participar também. Ajude na luta em defesa dos trabalhadores da fábrica Ocupada Flaskô!

www.defenderaflasko.blogspot.com

terça-feira, 17 de novembro de 2009

É hora de barrar o aumento da tarifa do transporte em São Paulo!

POR UM TRANSPORTE PÚBLICO DE VERDADE:
NÃO ACEITE O AUMENTO DA TARIFA E
VENHA PARA A RUA SE MANIFESTAR!



Recentemente o prefeito Gilberto Kassab começou a declarar na televisão, no rádio e para os diversos jornais que o aumento da tarifa dos ônibus é algo inevitável. Ao que tudo indica isto foi aceito pelos meios de comunica¬ção que se preocupam agora apenas em es¬pecular qual será o novo valor, previsto para janeiro de 2010, algo entre R$ 2,50 e 2,80.

Mas e quem pega ônibus todo dia? Não tem nada a dizer sobre isto? Te perguntaram al-guma coisa? Acha natural que o ônibus au¬mente? Também acha que é inevitável?

Todo ano lemos nos jornais que os em¬presários pressionam a prefeitura para aumentar as passagens, para que possam continuar a lucrar. Cada um desses aumen¬tos faz com que milhares de pessoas não possam usar os ônibus por não ter dinheiro para pagar a tarifa. Se o transporte é um direito do cidadão, não pode ser pensado en¬quanto lucro das empresas, mas sim como uma necessidade básica da população. Se ir e vir é um direito, o ônibus não deveria sequer ter tarifa.

Eles tentam nos convencer que é impossível barrar o aumento justamente porque eles sabem que nós podemos evitá-lo. Aconte¬ceu em Florianópolis e em Vitória em 2005, quando a população dessas cidades barrou aumentos de tarifa. Em 2006, em São Paulo, mais de 2 mil pessoas saíram às ruas contra o aumento. É isto que as autoridades querem evitar, mas não vão!

O governo e a prefeitura investem na cons-trução de pontes, túneis e na ampliação da Marginal, o que só beneficia os carros par¬ticulares. E direciona os investimentos em transporte coletivo não para os interesses do conjunto da população, mas apenas para algumas áreas da cidade: das muitas obras que serão construídas na cidade, por conta da Copa de 2014, grande parte está dire¬cionada para a região sudoeste, com duas linhas de metrô (Linha 4-Vila Sônia e Linha 17-Morumbi). As linhas prometidas para as outras regiões da cidade, como a Zona Leste, além de serem de uma qualidade inferior ao metrô (um sistema de monotrilho), têm pra¬zos maiores de entrega e ainda estão em projeto. A verdade é que o poder público nos entende apenas como trabalhadores que têm que chegar aos seus locais de trabalho e não como pessoas com o direito de se movimen¬tar pela cidade. Enquanto isso continuar, va¬mos seguir espremidos nos ônibus e metrôs, pagando cada vez mais caro por isso. Lutar contra o aumento é um primeiro passo para dizer que não aceitamos essa situação.

O conjunto da população pode e vai barrar este aumento!

Ato contra o aumento: quinta-feira 26/11

Concentração às 16h no teatro municipal
Saída em passeata às 17h30


Barrar o aumento será inevitável!
Rede Contra o Aumento da Tarifa


contraoaumento@yahoo.com.br

Reunião após o ato: sábado 28/11 às 15h30
Espaço Ay Carmela
Rua das Carmelitas, 140 - metrô Sé

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Nota de repúdio

O Comitê Catarinense de Solidariedade ao Povo Palestino condena veementemente a visita do Shimon Peres ao Brasil:

Uma visita condenada


Lamentamos a visita da velha raposa Shimon Peres ao solo Brasileiro, Esta visita é indesejada pelo povo brasileiro, pois o povo brasileiro respeita a vida e o ser humano.

Israel pratica terrorismo de Estado, massacrando o povo palestino através de políticas violentas de usurpação de terras, de vidas, de dignidades dos árabes.


O que o exército nazi-fascista de Israel pratica diarimente sobre os palestinos é odiado pelas forças vivas e organizadas do mundo.


Esta visita é bem vinda somente pelos negociadores de armas que visam lucros materiais sem primar pela paz e com os direitos dos palestinos.


Nosso recado ao Governador Cabral e ao Prefeito Paes: Este encontro é contrário ao espírito Brasileiro de paz e de solidariedade, pois vocês estarão recepcionando o carrasco e um assassino profissional.

Esse assassino ordenou pessoalmente que as forças aéreas israelenses bombardeassem as Instalações da ONU no sul de Líbano na cidade de QANA em 1996 matando assim 104 crianças e mulheres que pensavam que tal instalação ofereceria abrigo seguro confiando na ONU , que esta instituição seria poupada, que teria respeito que seu nome merece.

Esse assassino profissional tem ficha longa!

Foi o mentor da operação punho de ferro contra a intifada palestina, participou com a operação Chumbo derretido contra Gaza esse ano.


Esta ficha longa é a prova que a humanidade necessita para colocar esse tipo de político atrás das grades!


Desta forma, o Brasil não pode recepcionar esse político como se fosse uma visita diplomática!
Atitudes como estas servem de proteção para todos os assassinos e corruptos do mundo. Não podemos compactuar com isso!

Este encontro é contrário ao espírito Brasileiro de paz e de solidariedade, pois vocês estarão recepcionando o carrasco e um assassino profissional.

Viva os 62 anos de luta e resistência do Povo Palestino!



Pela autodeterminação e pela construção da Palestina democrática e laica sobre todo os seu Solo Patrio histórico e Jerusalém capital!

Pelo retorno assegurado dos refugiados palestinos!

Pela libertação dos 11000 presos políticos palestinos!


pelo fim do Muro da Vergonha!


Somos todos palestinos, somos todos brasileiros!

novembro 2009

Convocação ao povo de São Paulo

Nesta quinta-feira dia 12 de novembro
às 16h00 no MASP


Shimon Peres, Senhor da Guerra, vem a São Paulo

Nós, da Frente em Defesa do Povo Palestino de São Paulo, que reúne movimentos sociais, organizações não-governamentais, associações da sociedade civil e partidos políticos, desejamos tornar público nosso repúdio à visita de Shimon Peres, presidente de Israel, ao Brasil no dia 12 de novembro.

O partido de Shimon Peres é o Kadima, fundado por Ariel Sharon, que coordenou os massacres de Sabra e Chatila no Líbano em 1982 e organizou a sangrenta repressão à segunda Intifada em 2000, que ele mesmo havia provocado. A atual presidente do Kadima é Tzipi Livni, que disputava o “mérito” da organização do massacre de Gaza em janeiro de 2009.

Shimon Peres disse, em entrevista ao Expresso, diário português, que “no fim, o mundo irá agradecer-nos” pelo massacre em Gaza, pelos 1500 mortos, pela destruição completa de um território que já vinha sofrendo dois anos de fechamento de fronteiras. É também um presidente que defende o crescimento dos assentamentos na Cisjordânia e a expansão do Muro que dilacera a sociedade palestina.

Esse porta-voz de Israel será recebido pelos dignatários brasileiros e pelos empresários paulistas, na semana em que o mundo se levanta contra o Muro do Apartheid. A Fiesp organizará um seminário especial destinado a discutir as relações comerciais Brasil-Israel e o Acordo de Livre Comércio Mercosul-Israel, pautado para votação no Congresso. Além de Shimon Peres, falará o presidente da empresa israelense Elbit, desenvolvedora dos principais armamentos e tanques israelenses usados no massacre em Gaza.

Qual mensagem o Brasil passa ao mundo com essa visita? A mensagem de que senhores da guerra podem testar seus equipamentos contra populações infinitamente menos preparadas e depois vendê-los a outros países, sedimentando assim as “parcerias estratégicas”.

Perante um tal cinismo do empresariado paulista e dos governos estadual e federal, nós levantamos nossa voz.

VENHA PARTICIPAR DESTE ATO DE REPÚDIO ÀS 16H00 NO MASP

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Muro de Berlim: o socialismo não caiu!

Já faz 20 anos que o mundo assistiu ao fim das ditaduras do leste europeu com a queda do famigerado Muro de Berlim. Em 9 de novembro de 1989, Berlim ocidental se une a Berlim oriental marcando, assim, o processo que resultaria no fim da União Soviética e da Guerra Fria, o que abriria caminho para um período marcado pela hegemonia irrestrita do Capital (no plano econômico) e dos Estados Unidos (no campo político).

Desde então, diversos setores da burguesia e da direita em geral têm construído a idéia do “fim da história”, argumentando que a única e última via para a humanidade seria a economia de mercado, ou seja, o capitalismo. Esta idéia tem atingido inclusive inúmeros setores da esquerda, os quais optaram pela via reformista do Estado burguês, aceitando os ataques proferidos pelos setores reacionários e comungando com estes setores a idéia da falência de um dito “socialismo real”. Porém, as experiências do leste europeu e da União Soviética não podem ser consideradas como experiências socialistas. O que existiu nesses países foi, sim, uma enorme centralização de um Estado extremamente burocrático que resultou, no campo político, em uma ditadura e, no campo econômico, em uma estrutura produtiva que não atendia aos interesses dos trabalhadores, fazendo do Estado um novo patrão.


A estrutura econômica, que oprimia ao invés de libertar, e a dureza do regime político produziram movimentações sociais reivindicando mais liberdades e mais abertura política. Porém, devido ao caráter da ditadura soviética, estas movimentações resultaram num regresso a uma economia de mercado, o que gerou realidades jamais sofridas pelos que viviam sob os regimes stalinistas.


Desemprego, falta de seguridade social, favelas, ausência de hospitais e escolas públicas, super exploração e precarização do trabalho, miséria e fome foram algumas destas realidades que passaram a fazer parte da antiga União Soviética e demais países do leste europeu. Só na Alemanha Oriental, os índices de desemprego atingiram 30% com o retrocesso para a economia de mercado.


É preciso deixar claro que o socialismo não implica em um regime autoritário e centralizador, baseado na dominação do Estado sobre todas as realidades da vida humana. O socialismo é, em primeiro lugar, um regime que visa a emancipação dos trabalhadores, fazendo com que esta classe se apodere do controle da economia e da sociedade, produzindo os bens de acordo com as necessidades humanas e não de acordo com a lógica do mercado. Isto não ocorreu nos antigos regimes ditos socialistas do leste europeu, pois os trabalhadores não decidiam sobre os rumos da economia e nem produziam de acordo com as necessidades da população. Apesar de inúmeros avanços que existiram sob aqueles regimes socialistas, como a universalização de direitos sociais e a conquista de melhores condições de vida e trabalho para os trabalhadores, não foi possível caminhar rumo a um socialismo autêntico devido à elite burocrática que se formou.


Contudo, a história não acabou, como tentam afirmar os defensores dos ideais burgueses. O Muro de Berlim caiu, mas a necessidade da construção do socialismo nunca foi tão necessária quanto possível. Prova disso são os inúmeros governos progressistas e de esquerda na América Latina, além da histórica resistência de Cuba no cenário internacional. Os trabalhadores precisam entender de vez que já é impossível vivermos sob os marcos do capitalismo, pois este gera apenas miséria, exploração, exclusão e violência para sustentar o lucro dos grandes proprietários e empresários. Só no último ano, o número de famintos aumentou em mais de 100 milhões, fazendo com que a fome castigue mais de 1 bilhão de pessoas pelo mundo, não sendo esse número maior devido a herança dos regimes ditos socialistas, como o regime chinês.


O socialismo é obra dos próprios trabalhadores, caso contrário não é socialismo. Esta é a lição que podemos tirar da queda do Muro de Berlim. Não podemos nos eximir da luta contra o capitalismo, pois ele é a fonte de toda injustiça e exclusão social, sendo alimentado pela necessidade gananciosa da burguesia por lucros que são obtidos através da apropriação daquilo que é produzido pelos trabalhadores. Portanto, não podemos perder a esperança nem caminhar para propostas reformistas e social-democratas que não apostam na transformação radical de nossa sociedade rumo ao socialismo. Como nos ensina Frei Betto: "O escândalo da Inquisição não faz os cristãos abandonarem os valores e as propostas do Evangelho. Do mesmo modo, o fracasso do socialismo no Leste europeu não deve induzi-lo a descartar o socialismo do horizonte da história humana."



Por Tobias Gasprini

Overdose de Informação!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Pirâmide Capitalista

Documento da Juventude Revolução


Somos estudantes e dirigentes de entidades estudantis em defesa da educação pública com vagas para todos, em todos os níveis, da creche à universidade.

Não aceitamos o sucateamento de nossas escolas. Não queremos mais estudar em prédios caindo aos pedaços, onde às vezes não têm nem professor para dar as aulas. As bibliotecas estão desatualizadas, os laboratórios de informática, quando existem, não atendem à demanda. E para piorar, se queremos estudar, temos que pagar transporte, mesmo a educação sendo “gratuita”, pois nos negam o direito ao Passe-Livre Estudantil.

O FUNDEB, longe de garantir as verbas necessárias para as escolas de nível fundamental e médio, não resolve o problema do sucateamento das escolas. É um fundo vinculado à porcentagem de arrecadação de impostos que sofre cortes de praticamente 50%, pois o orçamento dos municípios é desviado para a dívida pública, através da Lei de Responsabilidade Fiscal criada por FHC. Lula poderia resolver esses problemas se rompesse as alianças com a burguesia, a coalizão com os partidos da burguesia.

É preciso que seja garantido todas as verbas necessárias para resolver os problemas da educação, é preciso que ao invés de pagar a “dívida pública”, o dinheiro do povo retorne ao povo em forma de investimentos massivos em educação, emprego, saúde e moradia.

Somos contra a divisão do movimento estudantil. Queremos vagas para todos nas universidades públicas! Foi com essa luta que construímos a UNE, a UBES e organizamos o Movimento Estudantil, e é a essa luta que continuamos fiéis. Continuamos firmes na luta por igualdade pois é essa a luta em caminho ao socialismo. As cotas não criam uma só nova vaga na universidade, apenas dividem as existentes em raças, jogando um estudante contra o outro na disputa das poucas vagas. Da mesma forma repudiamos as políticas racialistas, que buscam dividir o país em raças, como faz o Estatuto da Igualdade Racial. A única divisão existente é a divisão de classes, dos que nada possuem (os trabalhadores) e os que possuem as riquezas (a burguesia).

Sabemos que é possível, não num futuro distante, mas desde já, termos a escola que queremos, com prédios estruturados, laboratórios, assistência estudantil, melhores salários aos professores, e universidades para garantir todos no ensino superior! As verbas existem, o problema é que estão sendo enviadas aos capitalistas com a dívida pública, só no ano de 2008 foi cerca de R$ 180 Bi. E mais de R$ 250 Bi para conter os prejuízos dos capitalistas com a crise.

Durante anos os governos disseram que não tem dinheiro para a educação, mas em poucos meses esses mesmos governos desviaram trilhões de dólares para os capitalistas enfrentarem a crise. Não tem dinheiro para a educação, mas tem dinheiro para os capitalistas?

Essa é uma crise do sistema capitalista, uma crise de superprodução característico da anarquia capitalista. Com a crise fica ainda mais evidente a podridão do capitalismo. É o capitalismo o responsável pela fome, pela miséria, pelas guerras. É por conta desse sistema que os filhos dos trabalhadores são excluídos do lazer e da cultura, jogando milhares nas drogas e nas armas e balas do trafico e do crime organizado. Queremos outro mundo. Um mundo no qual todos tenham direito à educação, diversão, arte, e emprego! Um mundo sem a exploração do homem pelo homem!

A situação de nossas entidades é preocupante. A UNE, a UBES e a maioria das entidades gerais estão na “mão do Estado”. Cooptados por verbas e projetos públicos além do esquema de carteirinhas, está comprometida a independência política das entidades. Para nós os Grêmios, Centro Acadêmicos, DCE’s, UEE’s, UBES e a UNE precisam ser retomadas para a luta, assumindo o papel de verdadeiros sindicatos de estudantes, que organiza a luta junto aos trabalhadores, fazendo a ponte entre cada reivindicação do dia-dia com a necessidade de uma luta maior, a unidade dos estudantes e dos trabalhadores para a construção do socialismo.

· Contra o sucateamento e a privatização do ensino fundamental e médio! Mais verbas para a educação!
· Não à divisão do movimento estudantil!
· Queremos vagas para todos nas universidades públicas já!
Abaixo o capitalismo, viva a luta dos trabalhadores

Primeiros Assinantes: Juventude Revolução - JR (Organização de jovens da Esquerda Marxista), Luana (Diretora da UJES - União Joinvillense dos Estudantes Secundaristas /SC), André (Diretor da União Estadual dos Estudantes - UEE/SP), Andréa (Secretária Geral da Associação Mato-grossense dos Estudantes - AME), Virginia (Tesoureira da União dos estudantes de santa cruz do Capibaribe – USC/PE), Gabriel (Diretor de Escolas Técnicas da AME/MT), Leonila (Diretora de Combate ao Racismo da AME/MT), Gabriel (Diretor do Grêmio Estudantil Escola Técnica Rúi Bloe /SP), Ingrid (Diretora do Grêmio Estudantil Basilides de Godóy /SP), Johannes (Presidente do Grêmio Estudantil Pres. Médice /SC), Iago (Vice Presidente do Grêmio estudantil da escola Dr. Tufi Dippe /SC), Mayara (Presidente do Grêmio estudantil da escola Paulo Medeiros /SC), Mario (Diretor do Centro Acadêmico de História da UFPR), Jaqueline Cisne (Diretora do Diretório Acadêmico de Artes da UDESC), Franicne Hellmans (Diretora do Diretório Acadêmico de Comunicação Social do Ielusc, Joinville /SC), Estéfane Emanuele (Coordenadora Nacional do Movimento Negro Socialista), Caio Dezorzi (Coletivo Municipal da JPT-SP), João Diego Leite (Diretor da JPT de Joinville /SC), Tiago de Carvalho (Diretor da JPT de Joinville /SC), Daison Roberto Colzani (diretor da JPT de Joinville /SC), Evandro Colzani (diretor da JPT de Joinville /SC).

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Tio Sam dia-a-dia

Milho aos Pombos - Zé Geraldo

Livre Acesso à Educação!

Mayara Inês Colzani - Militante da Juventude Revolução


Todos os anos milhares de jovens deixam de estudar por não terem condições de chegar à escola, e as públicas no Brasil só tendem a piorar.

O governo prefere dar dinheiro aos empresários e cada vez mais deixa a educação de lado e nós somos obrigados a pagar a conta.

A mais nova do governo é o “Fim do Vestibular”, o que não passa de mais um funil que assim como o vestibular não dá vagas para todos e acaba excluindo de novo as pessoas que tiveram condições de ensino.

A nossa luta é pela universalização da educação, pois nós não precisamos de vestibular, não precisamos de cotas que não aumentam o número de vagas e deixa a maioria de fora, nós precisamos de vagas para todos.

Nossa bandeira deve ser “Livre acesso à educação, lutar para ganhar! A palavra de ordem é abaixo o vestibular”.

O trecho de música é da banda Subversivos que expressa a antiga reivindicação dos estudantes.

ABAIXO O VESTIBULAR! - Subversivos

A universidade deve pintar-se

de negro, mulato, operário e camponês!

A educação é um direito, pois todo estudante

conclama a sua vez!


Ou o povo invadirá e pintará

com as cores que quiser!

Por vagas iguais a todos!

Essa é a bandeira onde ela estiver!


LIVRE ACESSO À EDUCAÇÃO,

LUTAR PARA GANHAR!

A PALAVRA DE ORDEM É

ABAIXO O VESTIBULAR! [ 2X ]


No conhecer há um latifúndio,

com cercas lucrativas que juntos vamos romper!

E quem não paga é excluído,

por que pro empresário sem dinheiro não tem vez!


Sustentamos uma máfia de cursinhos,

diga não a esse funil!

Pois nossa luta pelo livre acesso

cresce em todo Brasil!




segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Racismo e cotas raciais

Zâmbia Santos, militante da Juventude Revolução e do Movimento Negro e Socialista.

A Constituição Federal, no seu Artigo 19, estabelece que: “É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si”. O Artigo 208 dispõe que: “O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um”.
“Ninguém será discriminado, prejudicado ou privilegiado em razão de nascimento, idade, etnia, raça, cor, sexo, estado civil, trabalho rural ou urbano, religião, convicções políticas ou filosóficas, deficiência física ou mental, por ter cumprido pena nem por qualquer particularidade ou condição”.
Porém os defensores das cotas alegam que o princípio da igualdade de todos perante a lei exige tratar desigualmente os desiguais.
Os negros são a maior parcela dos oprimidos no Brasil e nós sabemos que o racismo é uma arma da classe dominante para dividir nossos irmãos trabalhadores, por isso é fundamental que nós nos organizemos para combater aqueles que querem perpetuar o regime da exploração e sua repugnante ideologia racista. A luta contra o racismo é a luta contra a sociedade de classes e, portanto contra o capitalismo. Basicamente, é o abismo existente entre o proletariado e a burguesia e tudo que vem associado a eles, e não a cor, que limita o acesso ao ensino superior.
A PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2006 informa que 9,41 milhões de estudantes cursavam o ensino médio, mas apenas 5,87 milhões freqüentavam o ensino superior, dos quais só uma minoria de 1,44 milhão estavam matriculados em instituições superiores públicas. As leis de cotas raciais não alteram em nada esse quadro e não proporcionam inclusão social - ou seja, não se criou mais vagas em universidades federais ou particulares, e acaba beneficiando as universidades particulares que passam a ter seus bancos desocupados preenchidos e ganham imensos incentivos, fiscais e financeiros do governo, incentivos esses que deveriam ser aplicados a rede publica de ensino - Elas apenas selecionam “vencedores” e “perdedores”, com base num critério altamente subjetivo e intrinsecamente injusto, abrindo cicatrizes profundas na personalidade dos jovens, naquele momento de extrema fragilidade que significa a disputa, ainda imaturos, por uma vaga que lhes garantam o futuro.
Difunde-se a promessa sedutora de redução gratuita das desigualdades por meio de cotas raciais para ingresso nas universidades. Nada pode ser mais falso: as cotas raciais proporcionam privilégios a uma ínfima minoria de estudantes de classe média e conserva intacta, atrás de seu manto enganosamente inclusivo, uma estrutura de ensino público arruinada. Há um programa inteiro de restauração da educação pública a se realizar, que exige políticas adequadas e vultosos investimentos. É preciso elevar o padrão geral do ensino, mas, sobretudo, romper o abismo entre as escolas publicas gratuitas de qualidade, quase sempre situadas em bairros de classe média, e as escolas devastadas das periferias urbanas, das favelas e do meio rural. O direcionamento prioritário de novos recursos para esses espaços de pobreza beneficiaria jovens de baixa renda de todos os tons de pele e, certamente, uma grande parcela daqueles que se declaram “pardos” e “pretos”.


A meta nacional deveria ser proporcionar a todos um ensino básico de qualidade e oportunidades verdadeiras de acesso à universidade. Mas sem fundamentá-las em medidas paliativas que todos sabemos acabam ser arrastando e tornando-se “provisórias permanentes”
Queremos um Brasil onde seus cidadãos possam celebrar suas múltiplas origens, que se concretizam na criação de uma cultura nacional, aberta e tolerante, no lugar de sermos obrigados a escolher e valorizar uma única ancestralidade em detrimento das outras. O que nos mobiliza não é o combate à doutrina de ações afirmativas - aqui entendidas como esforço para cumprir as Declarações da Constituição, contribuindo na redução das desigualdades sociais - mas a manipulação dessa doutrina com o propósito de racializar a vida social no país. As leis que oferecem oportunidades de emprego a deficientes físicos e que concedem cotas a mulheres nos partidos políticos são invocadas como precedentes para sustentar a admissibilidade jurídica de leis raciais. Esse segundo sofisma é ainda mais grave, pois conduz à naturalização das raças. Afinal, todos sabem quem são as mulheres e os deficientes físicos, mas a definição e delimitação de grupos raciais pelo Estado é um empreendimento político que retrocede a conquista do reconhecimento científico da existência de uma única raça: a humana.



Segundo Sérgio Pena[1] (2008)

“O fato assim cientificamente comprovado da inexistência das ‘raças’ deve ser absorvido pela sociedade e incorporado às suas convicções e atitudes morais Uma postura coerente e desejável seria a construção de uma sociedade desracializada, na qual a singularidade do indivíduo seja valorizada e celebrada. Temos de assimilar a noção de que a única divisão biologicamente coerente da espécie humana é em bilhões de indivíduos, e não em um punhado de ‘raças’.”


Nos Estados Unidos, modelo por excelência das políticas de cotas raciais, a abolição da escravidão foi seguida pela produção de leis raciais baseadas na regra da “gota de sangue única”. Essa regra, que é a negação da mestiçagem biológica e cultural, propiciou a divisão da sociedade em guetos legais, sociais, culturais e espaciais. De acordo com ela, as pessoas são, irrevogavelmente, “brancas” ou “negras”. Eis aí a inspiração das leis de cotas raciais no Brasil.
Há 45 anos Martin Luther King[2] abriu um horizonte alternativo para os norte-americanos, ancorando-o no “sonho americano” e no princípio político da igualdade de todos perante a lei, sobre o qual foi fundada a nação. As cotas raciais nos Estados Unidos não contribuíram em nada para reduzir desigualdades, mas aprofundaram o cisma racial que marca como ferro em brasa a sociedade norte-americana.
“Quem exatamente é branco e quem é não-branco?”,é a pergunta que paira sobre o sistema de cotas norte-americano e no caso da lei racial que pretende-se implantar no Brasil algo ainda mais utópico “quem exatamente é negro e quem é não-negro? A linha divisória só se consolida pela validação oficial da auto-declaração dos candidatos, num processo sinistro em que comissões universitárias investigam e deliberam sobre a “raça verdadeira dos afros” jovens a partir de exames de imagens fotográficas ou de entrevistas identitárias. No fim das contas, isso equivale ao cancelamento do princípio da auto-declaração e sua substituição pela atribuição oficial de identidades raciais.
Leis raciais não ameaçam uma “elite branca”, conforme esbravejam os racialistas, mas passam uma fronteira brutal no meio da maioria absoluta dos brasileiros. Essa linha divisória atravessaria as salas de aula das escolas públicas, os ônibus que conduzem as pessoas ao trabalho, as ruas e as casas dos bairros pobres.
Neste início de terceiro milênio, um Estado racializado estaria dizendo aos cidadãos que a utopia da igualdade fracassou – e que, no seu lugar, o máximo que podemos almejar é uma trégua sempre provisória entre nações separadas pelo precipício intransponível das identidades raciais. É esse mesmo o futuro que queremos?

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[1]Geneticista e medico; professor titular do departamento de bioquímica e imunologia da Universidade Federal de Minas Gerais.

[2] “Eu tenho o sonho que meus quatro pequenos filhos viverão um dia numa nação na qual não serão julgados pela cor da sua pele, mas pelo conteúdo de seu caráter”

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Jovens "Teens".

Evandro Colzani

Eles cresceram, se tornaram fúteis, consumistas e estão muito parecidos com os jovens da “Malhação”.

Nos últimos anos um estilo novo de quadrinhos – para muitas pessoas – conseguiu seu espaço no mercado nacional. Ele é o mangá, que traz novas técnicas e novos conceitos para os quadrinhos.


O objetivo não é discutir o mangá, pois o assunto a ser tratado são dois novos títulos famosos no Brasil e que ganharam sua versão para este estilo de quadrinhos. Eles são “A Turma da Mônica jovem” e “Luluzinha Teen” e merecem uma pequena reflexão sobre suas mudanças e os temas por eles discutidos.


O primeiro título a chegar nas bancas do país é a versão jovem da turma da Mônica, eles agora são descolados, usam roupas da moda, não vivem sem tecnologia e começam a se interessar por alguém. Até aí não há muitos problemas, nos dias atuais isso é mais que comum, porém é preciso avaliar algumas coisas.



A Magali, que era a personagem que mais comia na infância, cresceu e ficou “encorpada”. Isso mesmo, uma pessoa que tem tudo para engordar muda de repente e consegue ter um corpo, por mera coincidência, que está dentro dos padrões impostos pela sociedade.


Logo na primeira edição a turma descobre o verdadeiro passado dos pais, eles são descendentes de samurais(oooohhhhh!). Só porque é um mangá precisa de samurais, ninjas, budas, etc? Não. É preciso compreender que o que torna o mangá algo diferente são elementos contidos na sua arte e na forma de narrativa. A cultura utilizada no mangá pode ser japonesa, americana ou brasileira, não é isso que o altera.


O ponto mais importante da nova turma da Mônica tem a ver com os hábitos dos personagens. Na quinta edição histórias do cotidiano desses jovens são contadas. O título de uma delas é “Onze coisas que as garotas amam” e entre elas estão a estética, a futilidade e o consumo exagerado e desnecessário. Uma lavagem cerebral enorme semelhante a “Malhação” que aliena cada vez mais os jovens, como se todos tivessem tempo e dinheiro para comprar e cuidar de sua beleza e ainda mais, nessa história a estética e o consumo são razões de viver.


O segundo mangá é a “Luluzinha Teen”, com uma história um pouco melhor, conta a vida de Luluzinha e seus amigos que também cresceram. Quase todas as características são as mesmas de antigamente, entretanto, algumas pitadas de ideologia dominante estão presentes.



A primeira mudança é a mesma da Magali, agora quem emagreceu foi o Bolinha. Se a desculpa da Magali ter feito uma dieta e se tornado vegetariana é convincente e original, bem, aconteceu quase a mesma coisa com o Bolinha, ele fez apenas uma dieta(pura semelhança¬¬).


O maior problema da Luluzinha é apresentado no início da história quando um jovem coordenador de uma instituição que ajuda jovens carentes mostra que o trabalho voluntário (que tira a responsabilidade social do estado e devolve às mãos de quem já pagou pelo serviço) ajudou e foi a única forma de proporcionar o lazer as pessoas carentes. Por incrível que pareça os personagens principais da história acham certo e querem ser voluntários.


Outros detalhes menores são vistos no decorrer da história, como a cena em que a Lulu está no ônibus pensando e passa por um outdoor com o anúncio beleza é tudo! Teenface. você linda custe o que custar, ou o momento em que ela explica que o lugar que as garotas vão quando têm um pouco de dinheiro é( adivinha aonde...) ao Shopping.


Somos bombardeados diariamente por anúncios que instigam o consumo ou a preocupação com a estética, pela tv, Internet, jornal, etc. Esses quadrinhos vêm com o intuito de reforçar essas idéias e atingir um público mais amplo. Nos sentimos mal quando não conseguimos comprar algo que estava na vitrine, ou quando aquela roupa que nos tornaria “mais bonitos” e legais não está ao nosso alcance financeiro e achamos toda essa bobagem normal. Acreditamos que a felicidade está num carro atual ou numa marca de roupa ou no nosso tênis, mas só pensamos dessa forma porque o sistema capitalista utiliza todos os meios possíveis (tv, rádio, revista, gibi, etc.) para transformar o consumismo em uma verdade absoluta e a chave da felicidade.


Gibis, mangás e desenhos animados podem parecer coisas simples e inocentes, porém, essa é uma visão leiga de algo que é uma das muitas armas para a lavagem cerebral de crianças, jovens e adultos. “Luluzinha Teen” e “Turma da Mônica” são exemplos práticos do que foi exposto e devem ser avaliados não só pela qualidade do material ou técnicas utilizadas e sim por seu conteúdo, que pode ser extremamente nocivo a qualquer um.


quarta-feira, 9 de setembro de 2009