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segunda-feira, 30 de junho de 2008

preparação ao Acampamento Nacional Pela Revolução anda a todo vapor, confira:

Como anda anda a preparação das delegações?

Florianópolis - SC

Camaradas de FLORIPA estão travando um vitorioso combate de arrecadação, 30 camisetas com o logo da Juventude Revolução foram vendidos a R$ 15,00 cada, e ainda contribuições estão sendo arrecadadas nos sindicatos e com os parlamentares de esquerda. O objetivo era levantar R$ 1300,00 valor que já foi alcançado, e deve ser superado podendo assim ajudar outras delegações. Cada integrante da delegação ainda contribuirá com R$ 20,00. De Florianópolis será uma delegação de 13 jovens no Acampamento Nacional Pela Revolução.
No dia 03 de julho (quinta-feira) ocorrerá uma reunião preparatória ao Acampamento será às 18:30 h no SINTESPE, localizado na praça Olívio Amorim, nº 82, Centro, Florianópolis (Entre a Avenida Hercílio Luz e o CEFET/SC)

Joinville – SC

Em Joinville 40 camisetas com o logo da JR foram vendidas a R$ 15,00 afim de arrecadar dinheiro para custear a delegação, mais camisetas já estão sendo feitas pois o primeiro lote já se foi. Uma campanha com livro ouro nos sindicatos, parlamentares de esquerda, e companheiros de luta também esta levantando recursos. Cada integrante da delegação ainda fará uma contribuição, e durante o Tribunal Fábricas a JR organizará o “ARRAIÁ DA REVOLUÇÃO”, uma festa junina para levantar recursos.
Duas reuniões preparatórias já foram organizadas, a última contou com a presença de 17 jovens, sendo secundaristas de diversas escolas e universitários de 3 universidades diferentes. O acampamento já foi divulgado em 7 grêmios estudantis e diversas escolas.O objetivo de Joinville é construir uma delegação e 24 jovens, 16 já confirmaram sua presença.
A próxima reunião preparatória em Joinville será dia 12 de julho na rua Princesa Isabel N°264, no prédio ao lado da galeria Príncipe, sala 11 às 17:00 h

Caieiras - SP
12 jovens participaram da última reunião no dia 22. Discutiu-se o transporte público e a campanha pelo passa-livre no municipio, que possui quase 100 mil habitantes e a passagem custa o absurdo de R$ 2,20. Também foi debatido sobre o papel das APMs (associação de pais e mestre), a importância da construção de gremios livres e da luta e organização para a construção de um mundo socialista! Todos os participantes colocaram com indignação a situação em que se encontra o ensino público no Brasil, e que é necessario se organizar.
Ficou marcado uma proxima reunião no dia 02/07/2008 (quarta feira) ás 15 horas na rua São joão, 109 (próximo ao campo do São Francisco) .
Cuiabá – MT

Duas reuniões preparatórias já foram organizadas, a última no dia 28 com a presença de 8 jovens, sendo universitários e juventude trabalhadora. A próxima reunião será quarta dia 02 na Universidade Federal de MT. Na última reunião se encerrou a discussão da convocatória, discutiu-se muito sobre o que é o capitalismo e a necessidade da revolução socialista.
As arrecadações para garantir a delegação esta sendo feita através de livro ouro nos sindicatos e parlamentares de esquerda. 200 cartazes divulgando o Acampamento Pela Revolução foram espalhados por toda a cidade, principalmente na Universidade Federal e nas escolas secundaristas.

Outras localidades onde estão se organizando representantes ao Acampamento Nacional Pela Revolução:

Criciúma – SC / Blumenau – SC / Garuva – SC / Curitiba – PR / Bauru – SP / Campinas – SP / Pernambuco – PE / Sorocaba - SP / São José do Rio Preto - SP / Rio de Janeiro - RJ / Duque de Caxias - RJ / Ponta Grossa - PR / Maringá - PR / Curitiba - PR / Campina Grande - PB / João Pessoa - PB / Rio Branco - AC / Manaus - AM / Minas Gerais / Brasília - DF / Guialópes - MS

JR participará do Tribunal Popular para julgar a intervenção federal na fábrica CIPLA e INTERFIBRA

O Tribunal Popular ocorrerá nos 04 e 05 de julho em joinville - SC, e contará com a presença de Movimentos Sociais, Sindicalistas, Sindicatos, Parlamentares de Esquerda, e Intelectuais do todo o país, alem de sindicalistas do Paraguai, Bolívia, Argentina, Venezuela e outros.

O Tribunal julgará a vergonhosa intervenção federal que invadiu as então fábricas ocupadas pelos trabalhadores, e instalou um regime de destruição da fábrica, executado pelo interventor, que já demitiu funcionários e pôs fim ao que foi uma das maiores vitórias: a redução da carga horaria de trabalho sem a redução de salário.

O Tribunal ainda terá sessões para julgar a criminalização dos movimentos sociais. Confira a programação e tenha mais informações pelo e-mail: fabicasocupadas@terra.com.br, e visite o web page: http://www.tiremasmaosdacipla.blogspot.com/

Livro Ouro (arrecadação financeira para o Acampamento Pela Revolução)

Militantes da JR estão em atividade de visita aos Sindicatos, parlamentares de esquerda, e Movimentos Sociais, afim de arrecadar recursos para o Acampamento Nacional Pela Revolução.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Adquira as camisas com a Juventude Revolução e ajude financiar o Acampamento Nacional Pela Revolução

* Preço único: R$ 15,00 (+ frete)

* tamanhos P, M, G, GG, e Baby Look

* Para adquirir as camisas entre em contato pelo e-mail: contato@revolucao.org

* OBS: A venda das camisas fazem parte da atividade militante de arrecadação financeira para o Acampamento Nacional Pela Revolução, mantendo assim uma fonte independente de custear nossas atividades.





clique na imagem para visualizar as camisetas

R A P: Diário de um atento

Paródia
.
de “Diário de um
.
Detento” dos
.
Racionais MC’s
.

DIÁRIO DE UM ATENTO
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Aqui estou mais um dia
Sob o olhar sanguinário da monitoria
Você não sabe como é trabalhar
Com a bunda sentada numa P.A.
Supervisor já chegou, vai reclamar.
Estraçalha operador que levantar

Na sua baia em pé, mais um cidadão José.
Servindo o mercado, gerando lucros.
Passa fome metido a Roberto Justus!

Ele sabe o sofrimento, sabe o sacrifício
A meta nas alturas, o mailing tá difícil.
Vários tentaram cumprir, eu também quero.
Mas de um a cem, a minha chance é zero.

Será que Deus ouviu minha oração?
Será que esse mês eu recebo comissão?
Manda um recado lá pro meu patrão
Se ele deixa eu almoçar,
se eu vender mais um cartão.

Quinze minutos de almoço todo dia
Você acostuma a comer marmita fria
Fiz um minuto a menos,
ou dois minutos a mais.
Sei lá, tanto faz, banheiro não dá mais.
Seguro a vontade e volto a trabalhar
Não me atraso pra ninguém descontar

Homem é homem, mulher é mulher.
Operador é diferente, né?

Ouve xingo toda hora, trabalha na pressão.
E se revida, toma logo suspensão.
Se um operador estourar a sua pausa
Amanhã vai assinar “demissão por justa causa”

Ratatatá, mas o gestor vai passar.
De terno Armani, satisfeito, apressado.
Disfarço a tendinite, o ouvido inflamado.
Minha saúde não tem tanto valor
quanto seu celular, seu computador.

A semana tá difícil, não saiu o vale.
O salário é de miséria por mais que a gente rale.
Alguns companheiros têm a mente mais fraca.
E partem pras drogas, quando a fadiga ataca.
Mas pra manter faculdade e família.
Tô nessa há dois anos, três meses e uns dias.

No treinamento, tudo era tão legal.
Você fica sob o efeito da lavagem cerebral.
Aí operador, e então: cê quer o que?
A luta ta lá esperando você!
Até quando vai deixar ser explorado?
Ta na hora de agir, e lutar organizado!
Aqui tem mano do suporte, mano do ativo.
Retenção, cobrança, receptivo.

Jovem sangue bom tem moral nas quebradas,
mas pra Atento é só um número, mais nada.
Cem mil funcionários, em treze países.
Que geram milhões por mês cada.

Ratatatá, companheiro, não abandone
essa luta no país dos head-phones.
E quem vai contrariar esse meu depoimento?
Dia primeiro de maio, diário de um Atento.
.
Três mil cópias do RAP "Diario de um Atento" está sendo distribuído na porta das unidades da ATENTO, (empresa de telemarketing) de São Paulo, chamando os jovens trabalhadores para as reuniões preparatórias para o Acampamento pela Revolução.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

faça o download do formulário de inscrição do Acampamento Pela Revolução

Clique => AQUI <= ou na imagem abaixo para fazer o download da ficha de inscrição do Acampamento Nacional Pela Revolução. Não deixe para a última hora, garanta já o seu lugar, preencha o formulário e entregue a um militante da JR, ou envie para o e-mail: contato@revolucao.org

clique e faça o DOWNLOAD

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Exército Assassino - "O Haiti é aqui"

Exército brasileiro nas favelas do Rio. Resultado: MILITARES DO EXÉRCITO ENTREGARAM 3 JOVENS PARA SEREM EXECUTADOS POR TRAFICANTES! Comunidade se revolta e exige retirada das tropas!

Moradores do Morro da Providência (Centro do Rio) e trabalhadores das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) revoltados com a morte de três jovens, penduraram uma faixa branca com a inscrição "Exército Assassino" e outra preta com a inscrição "Justiça! Voltamos à ditadura?" na fachada do Hospital dos Servidores do Estado nas proximidades da comunidade. O protesto seguiu na segunda-feira (16/06) pelo segundo dia consecutivo contra a morte de três jovens que teriam sido seqüestrados e “vendidos” por soldados do Exército para traficantes de uma facção criminosa no Catumbi, no sábado.

No Domingo (15/06) houve confronto entre moradores e soldados do Exército. Os momentos de maior tensão aconteceram à tarde, no Largo de Santo Cristo. Cerca de 150 manifestantes tentaram invadir o quartel, mas foram impedidos pela tropa de choque do Exército. Eles jogaram garrafas plásticas nos militares, que revidaram com bombas de efeito moral. “Queremos os soldados assassinos fora da comunidade”, gritavam. Assustados, motoristas voltaram pela contramão. A PM cercou o local, na tentativa de dissipar o tumulto que durou mais de uma hora.

Na manhã desta Segunda, cerca de 50 trabalhadores do PAC na comunidade fizeram uma manifestação em frente ao Palácio Duque de Caxias, no Centro, onde funciona o Comando Militar do Leste (CML), contra a presença da ocupação do Exército na Providência. Eles garantem que não voltam ao trabalho enquanto o Exército não deixar o local.

Fatos e relatos da ação assassina do Exército

Morro da Providência (Centro do Rio), manhã de sábado 14/06. Três jovens voltando de um baile funk foram abordados por soldados do exército que faziam a ocupação da favela onde, desde dezembro de 2007, são encarregados da segurança das obras do PAC, projetos para reformar fachadas e telhados de casas da favela. Os militares suspeitaram dos jovens. Na revista um deles reagiu e os três foram agredidos pelos soldados. O Comando Militar do Leste (CML) confirmou que os jovens foram abordados por uma patrulha de militares do Grupamento de Unidades-Escolas da 9ª Brigada de Infantaria Motorizada, numa praça no alto do morro, e detidos por “desacato” na manhã de Sábado, por volta das 8h. Os três foram levados ao capitão da tropa no quartel do Exército em Santo Cristo, foram ouvidos e liberados, pouco depois do meio-dia, segundo o Exército.

Segundo o JB Online de 16/06, o capitão achou irrelevante a prisão por “desacato” e não quis autuar os jovens. E pediu para liberá-los, mas um tenente do Espírito Santo, que está há pouco tempo no Rio, teria deixado os jovens no Morro da Mineira para que eles "aprendessem uma lição". O prefeito Cesar Maia, em seu ex-blog publicado na internet, nesta Segunda-Feira, disse que se militares do exército realmente entregaram os três jovens do morro da Providência a traficantes de uma favela rival, sabiam que eles seriam mortos: “O tráfico de drogas no morro da Providencia é controlado pelo CV (Comando Vermelho), e o tráfico da Mineira é controlado pela ADA (Amigos dos Amigos). Entregar na Mineira, jovens, especialmente insinuando que estavam no tráfico da Providência é saber que serão assassinados. Se confirmado, quem fez esse 'serviço' sabia exatamente o que estava fazendo”. Para os trabalhadores que protestam indignados, a história tem uma versão semelhante. Um morador da área da Mineira, localizado pelo O GLOBO, confirmou que militares do Exército teriam entregado, no Sábado, os três jovens a traficantes de um grupo rival numa favela vizinha. Segundo essa testemunha, cerca de dez soldados fardados e armados com fuzis chegaram com os rapazes a um dos acessos da favela da Mineira, num caminhão do Exército. Logo em seguida, os soldados teriam dado ordens para os três descerem do veículo. Pelo menos seis militares acompanharam calmamente os jovens até um grupo de traficantes, que já aguardava numa das entradas da favela numa boca-de-fumo.

Os militares estavam entregando os jovens aos traficantes. Os corpos de Wellington Gonzaga Costa, de 19 anos, Marcos Paulo da Silva Correia, de 17, e David Wilson Florêncio da Silva, de 24, mutilados e com marcas de tortura, foram encontrados por catadores no Lixão de Gramacho em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

A mãe de Wellington desmaiou ao receber a notícia: "Me avisaram que o meu filho foi preso. Encontrei ele no Quartel de Santo Cristo, sentado ao sol. Queria esperar, mas me mandaram ir para a delegacia para onde ele deveria ter sido levado. Após a demora, liguei para o celular dele. Depois de várias tentativas, um homem atendeu e disse que os soldados venderam o meu filho e os amigos para traficantes da Mineira. Nenhum deles tinha envolvimento com o crime. O que fizeram com eles não se faz nem com um cachorro", disse a dona de casa, Liliam Gonzaga da Costa, de 43 anos, que foi reconhecer o corpo do filho Wellington no IML de Duque de Caxias.

“Militares confessam que deixaram jovens no Morro da Mineira como castigo”

Os 11 militares do Exército (1 tenente, 4 sargentos e 6 soldados) que levaram a cabo essa "missão" serão acusados de triplo homicídio. Eles estão presos no 1º Batalhão da Polícia do Exército, na Tijuca (zona norte). O CML determinou a instauração de um inquérito policial militar para avaliar a conduta dos soldados. Contra eles há um mandado de prisão expedido pelo Tribunal de Justiça do Rio. Três já prestaram depoimento na 4ª DP, delegacia que investiga o caso. Os traficantes também estão sendo procurados pelos investigadores. Eles irão responder pelos mesmos crimes dos militares: triplo homicídio.

Por que a presença do Exército no Rio?

A presença de soldados do Exército no Morro da Providência foi justificada como uma forma de dar segurança aos trabalhadores do projeto Cimento Social, fruto de emenda do senador Marcelo Crivella (PRB), pré-candidato a prefeito do Rio. Crivella é do mesmo partido do vice-presidente José Alencar, que já ocupou o cargo de Ministro da Defesa no primeiro governo do presidente Lula. O projeto consiste na reforma de 780 casas e recebeu R$ 12 milhões do Ministério das Cidades. Agora, os mesmos trabalhadores que estariam recebendo “segurança” do Exército fazem greve contra a presença dos soldados do Exército no morro. “Não temos mais confiança neles”, disse um manifestante.

Fica evidente o caráter eleitoreiro desta medida. E isso é resultado da coalizão do Governo Lula com partidos capitalistas, como o PRB.

O HAITI É AQUI

Não ficaríamos surpresos se alguém nos dissesse que é isso que o Exército Brasileiro tem aprendido no Haiti. Ainda mais depois de algumas semanas atrás quando tomamos conhecimento que as tropas da ONU lideradas pelo Brasil utilizaram 22 mil cargas de munição em 7 horas de repressão às manifestações do povo haitiano contra o alto preço dos alimentos. Lá eles reprimem o povo pobre que protesta contra a fome, povo este que muitas vezes só tem as bolachas de barro (com óleo e açúcar) para comer. Aqui eles organizam os nojentos atos policiais de criminalização da pobreza. Não queremos isso! Fora as tropas do Exército do Haiti e dos morros do Rio.

SOMOS A FAVOR DE OCUPAR AS FAVELAS COM EMPREGOS, ESCOLAS E HOSPITAIS

Mas não pelas forças policiais. Somos a favor de projetos públicos que subam a favela e coloquem escolas, hospitais, saneamento, construam casas, isto é, 10, 100, 1000 vezes mais o que o PAC está propondo fazer. É revoltante que em Copacabana há uma máquina que faça a limpeza da poeira que há nas ruas enquanto na favela o trabalhador não tem serviço de coleta de lixo, correio, posto de saúde. Mais do que nunca, a solução pra essa barbárie que vive o povo do Rio é a tomada do poder político e econômico pelos trabalhadores. Já passa da hora de nos unirmos, nos organizarmos e construirmos o socialismo! Só o povo no poder é capaz de mudar essa situação!

Por Flávio Almeida [militante da Juventude Revolução e da Esquerda Marxista]

(Foram utilizadas para este artigo as seguintes fontes: Último Segundo; O Globo Online; O Dia Online; Agência do Estado; Folha Online; JB Online)

terça-feira, 24 de junho de 2008

repressão em Araraquara

Uma
reflexão
feita um
ano depois


Na madrugada do dia 20 de junho de 2007, um contingente enorme da tropa de choque invadiu, ou melhor, entrou sem nenhum impedimento pela porta da frente da Faculdade de Ciências e Letras (FCL) da UNESP de Araraquara. Todo esse aparato militar cinematográfico foi utilizado para cumprir um mandato de reintegração de posse da Diretoria daquela unidade, onde estudantes encontravam-se ocupados.

A ocupação da Diretoria fazia parte de um calendário de lutas dos estudantes das universidades estaduais paulistas, que estavam ocorrendo naquele momento. Essas lutas foram desencadeadas principalmente, após a promulgação de alguns decretos pelo governador José Serra (PSDB), que entre outras coisas, feria a autonomia das universidades.
O ponto de partida foi a ocupação da Reitoria da USP em São Paulo, que durou cerca de 50 dias. Depois, uma onda de mobilizações de estudantes, professores e funcionários, varreram as estaduais paulistas. Porém, um ponto a ser observado é o de que a maior mobilização e consciência nesse processo de sucateamento e de precarização que vêm sofrendo o ensino público, vieram por parte dos estudantes.

O objetivo neste breve texto, não é somente relatar os acontecimentos passados, mas também, propor algumas reflexões. Passaram-se um ano e os problemas da universidade pública permanecem. Dentre eles, podemos citar: o sucateamento do ensino, sem nos esquecer da precarização das relações de trabalho dos servidores públicos e dos muitos funcionários terceirizados, dentro da universidade; o corte de verbas para a permanência dos estudantes de baixa renda. O sistema de contratação dos professores ainda é o mesmo, de caráter temporário, sem nenhum vínculo empregatício. Isso impossibilita a realização de trabalhos de pesquisa (um dos tripés do ensino público), provocando também a falta de orientação aos estudantes.

Na UNESP de Araraquara houve repressão ao movimento estudantil, pois três estudantes sofreram um processo de sindicância e acabaram sendo suspensos pela Congregação (órgão máximo deliberativo da universidade). Aliás, nós estudantes, fomos duramente reprimidos exatamente no momento ápice de nossa organização e mobilização, afinal de contas, manter uma ocupação não é tarefa fácil.

Nossa organização se pautava em Comissões rotativas e abertas, de alimentação, limpeza, segurança, de imprensa e etc. Deixamos o conforto de nossos lares, todos os nossos afazeres e compromissos, para nos dedicar a uma causa nobre e que diz respeito ao conjunto da sociedade: os problemas da universidade pública, o sucateamento do ensino e a privatização da educação. Todas essas questões são fruto de um processo histórico e há anos vêm sendo discutidas pelo movimento estudantil.

O cotidiano da ocupação foi permeado por discussões políticas, debates, atividades lúdico-esportivas e o mais importante, por um sentimento de luta e companheirismo compartilhado por todos, que naquele momento, deixaram de lado suas diferenças ideológicas para se unirem a uma só causa: a defesa intransigente da universidade pública.
Por que será que incomodamos tanto? Será que é por que nossos questionamentos estavam pautados na realidade e não numa aspiração lunática? Ou por que, atrapalhamos a ordem e o funcionamento normal da universidade?

A história das lutas de classes nos mostra que quanto mais a ação se radicaliza, mais cresce a reação. E foi isso que presenciamos na UNESP de Araraquara. A “reação” passou a se organizar e tentou acabar com o nosso movimento e nossa mobilização. Numa Assembléia lotada e conturbada, os estudantes contrários a greve e a ocupação, mostraram suas “garras” e em atitudes totalmente reacionárias e direitistas, recusaram-se a realizar qualquer tipo de discussão e a única coisa que desejavam era votar pelo fim da greve e da ocupação.
Nesta Assembléia do dia 19 de junho de 2007, estavam presentes cerca de 800 estudantes. O primeiro problema que tivemos de enfrentar foi em relação ao espaço físico. O Anfiteatro da FCL não agrega esse número de pessoas. Nos deslocamos para um espaço abaixo da biblioteca.

Quando conseguimos nos acomodar, já se passava das 22 horas. A discussão começou a acontecer em torno de uma questão que não era central: se a Assembléia teria um teto para terminar, ou se só sairíamos dali depois de discutir toda nossa pauta. Isso foi posto em votação. Percebendo que a segunda alternativa, estava prestes a vencer, um grupo de estudantes reacionários, voltou a tumultuar a plenária e começaram a gritar que iriam invadir a ocupação, com o intuito de quebrar coisas, enfim “badernar” algo que estava organizado e colocar a culpa nos estudantes que estavam mobilizados.

Foi uma tremenda correria. Houve agressões verbais e até físicas. Estudantes contrários ao movimento começaram a nos ofender, a proferir palavras preconceituosas, homofóbicas, sempre na tentativa de por fim a toda nossa mobilização.
Todos se dirigiram ao espaço em frente a Diretoria ocupada. Os estudantes que ali permaneceram, iniciaram uma plenária para discutir os fatos ocorridos naquela noite. A discussão correu madrugada adentro. Quando por volta das 2 horas da madrugada, fomos surpreendidos com a “visita” da Tropa de Choque.

Posso dizer que foi no mínimo, assustador. Será que éramos tão perigosos assim, a ponto de ter uma média de pouco mais de dois policiais para cada estudante? Nós não reagimos, colocamos em prática nosso plano de ação; distribuímos, conforme já havia sido combinado, alguns estudantes para o lado de fora e os demais ficaram do lado de dentro da diretoria. Aos poucos fomos saindo, todos juntos, de braços dados cantando uma música de protesto e gritando em coro: “São 20 anos sem ditadura e a repressão ainda continua”.
Acredito que nossa saída foi triunfal, afinal em nenhum momento abaixamos a cabeça e perdemos a união. Na calada da noite, a tropa de choque entra pelo portão da frente da FCL e junto ao comboio de policias, está o nosso diretor, que sob o respaldo da Congregação, permitiu tamanha barbárie.

Fomos levados a um Distrito Policial por dois ônibus da CTA (Companhia de Transporte de Araraquara). Por lá, permanecemos cerca de 8 horas dentro desses ônibus. Aos poucos, um a um foi descendo à Delegacia e prestando seu depoimento. Fomos qualificados e logo em seguida, liberados.

Foi uma madrugada de medo, angústia, cansaço e inconformismo. Afinal de contas, não estávamos dispostos a negociar com a polícia, mas com a Diretoria da universidade. Um detalhe importante, o campus no ato da invasão foi evacuado, não havia mais nenhum funcionário e os portões foram trancados. A imprensa, os (poucos) professores que nos apoiavam e nossos colegas que estavam do lado de fora foram impedidos de entrar.

Um ano depois, o que fica para nós é a percepção de que a história é construída pela luta de classes, pelos seres humanos e de que nós fomos e sempre vamos ser sujeitos históricos dessa luta. É por isso, que a memória dessa luta nunca pode se perder; afinal cada um de nós se lembra dos fatos de formas diferentes, mas a memória em si é coletiva e uma forma de resistência.

* Gracielli Prata – 4° ano de Ciências Sociais da UNESP – Araraquara

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Plenária de Universidades Públicas da UNE é contra o REUNI

Um CONEG-UNE (Conselho Nacional de Entidades Gerais da UNE) muito importante para os estudantes brasileiros.

Compareceram a plenária 17 DCE's de Universidades Públicas de todo o Brasil aprovando a carta que segue abaixo, na íntegra.

O Resultado dessa plenária do CONEG-UNE é relevante para quebrar o argumento dequeles sectários (PSTU e outros) que propagandeiam por aí que não é mais importante participar dos fóruns da base da UNE e construir a luta estudantil com os jovens que participam deste espaço. Mais uma vez ficou provado que tudo pode mudar através do diálogo e da discussão organizada sobre as reais necessidades dos estudantes e sobre quais bandeiras o Movimento Estdantil e a UNE devem levantar, ou seja, quando o verdadeiro debate é realizado, não só é possível explicar e divulgar as nossas posições nos Fóruns da UNE, como também é possível vencer.

A Juventude Revolução acredita que esse seja um passo real na luta estudantil para fazer romper o burocratismo da direção da UNE que ingessa o Movimento Estudantil com o propósito de impedir seu confronto com os governos e as grandes empresas, abrindo assim possibilidades mais concretas para os estudantes retomarem suas entidades para o terreno da luta de classes, por suas reivindicações e pelo socialismo.

Saudações Revoplucionárioas!!!

Flávio - Juventude Revolução Rio

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Carta da Plenária de Universidades Públicas da UNE

As universidades públicas protagonizaram nos anos de 2007 e 2008 muitas lutas estudantis, fazendo de suas representações importantes referências para construção de um movimento estudantil vivo, autônomo e de luta. Desde 2005 a UNE não promove um espaço de articulação dos Diretórios Centrais Estudantis de públicas, dificultando que suas mobilizações fortalecessem uma resistência nacional à privatização e mercantilizaçã o do ensino superior. A construção da plenária de universidades públicas no 56º Conselho Nacional de Entidades Gerais é uma resposta a nossa insatisfação com os rumos da UNE, assim como a uma necessidade real de organização dos DCEs de públicas numa luta nacional. Dessa maneira resumimos nossas principais bandeiras em cinco pontos:

1) Contra o Decreto do REUNI e dos IFETs, por autonomia nas universidades e expansão com qualidade: Em defesa das ocupações das universidades federais em 2007, lutamos contra a reestruturação nas universidades que está a serviço do projeto neoliberal, promovendo a flexibilização e a desregulamentaçã o da formação profissional. Defendemos um projeto de universidades que promova a expansão de suas vagas, garantindo assistência estudantil, com 10% do PIB para a educação, uma formação curricular qualificada e uma produção de conhecimento socialmente referenciada. Somos também contra a desestruturaçã o do ensino tecnológico promovida pelo Decreto dos IFETs, que sequer garante a regulamentação profissional e fere um projeto de ensino que nós defendemos.

2) Pelo fim das fundações privadas e contra a regulamentação das atuais fundações: Os escândalos de corrupção denunciados na UnB são um problema de caráter nacional, pois todas as fundações servem a um projeto de privatização interna às universidades públicas. Nesse sentido, nossa bandeira é pelo fim das fundações privadas, pelo seu papel de suporte aos cursos pagos e o desmonte da educação pública. Mais do que isso, somos também contra uma regulamentação das fundações, que legitima esse modelo privatizante e não incide sobre a verdadeira luta contra o projeto neoliberal, que vem sendo implementado nas universidades hoje.

3) Paridade já: Defendemos a democratização da universidade a partir de seus fóruns decisórios e seus pleitos. Lutamos pela derrubada da regra que credita 70% do peso eleitoral nas universidades aos docentes em suas eleições. Queremos que em todos os fóruns e todas as eleições nas instituições públicas os estudantes, técnico-administrati vos e professores tenham o mesmo peso de 1/3.

4) Contra as Fundações Estatais de Direito Privado, em defesa dos HUs: Somos contra as Fundações Estatais por restringir o controle social do SUS, abrir espaço para a venda de pesquisa e ensino dentro dos Hospitais Universitários, além de promover uma adequação do profissional de saúde, nos hospitais públicos, a lógica competitiva e individualista. Entendemos que a luta em defesa dos HUs não se restringe ao movimento de saúde, mas sim aos estudantes como um todo, pois remete a uma defesa de mais verbas públicas para a universidade como forma de reverter o quadro crônico desses hospitais.

5) Contra a Repressão, pela Democracia nas universidades: Nossas lutas foram duramente reprimidas pela polícia e nosso direito a voz é cada vez mais restringido pelos setores conservadores das universidades, pela mídia e governos. Exigimos direito de expressão, principalmente para defender os estudantes e garantir uma universidade pública, gratuita, de qualidade, socialmente referenciada e com indissiociação entre ensino-pesquisa- extensão. Não vamos nos calar!
.Brasília, 21 de junho de 2008

Assinam este manifesto: DCE-UFRJ, DCE-UnB, DCE-USP, DCE-UFF, DCE-UNIFESP, DCE-UFMT, DCE-UEPB, DCE-UNIMONTES, DCE-UFES, CEFET-AL, DCE-UFOP, DCE-UECE, DCE-UFRGS, CEFET-PB, DCE-UNICAMP

quinta-feira, 12 de junho de 2008

reunião da JR em Santa Catarina

Reunião da JR em JOINVILLE - SC, preparatória ao Acamapamento Nacional pela Revolução

=> neste sábado dia 14
=> endereço: Rua Princesa Isabel N°264, no prédio ao lado da galeria Príncipe, sala 11, às 17h.
=> informações: João - 84247193

PARTICIPE e venha para luta pela REVOLUÇÃO SOCIALISTA no Brasil e no Mundo!

quarta-feira, 4 de junho de 2008

reunião preparatória ao acampamento pela revolução neste domingo dia 8 em São Paulo

Você que não aguenta mais tanta opressão, violência e exploração, que se indigna com a guerra imperialista, com a fome de muitos a custo do luxo de poucos, venha participar do Acampamento pela Revolução!

reunião preparatória em São Paulo
* dia: neste domingo dia 8 de junho
* horas: às 15:00
* local: Terraço do Centro Cultural SP
* endereço: Rua Vergueiro, nº 1000 - na estação Vergueiro do Metrô
PARTICIPE !