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terça-feira, 3 de novembro de 2009

Documento da Juventude Revolução


Somos estudantes e dirigentes de entidades estudantis em defesa da educação pública com vagas para todos, em todos os níveis, da creche à universidade.

Não aceitamos o sucateamento de nossas escolas. Não queremos mais estudar em prédios caindo aos pedaços, onde às vezes não têm nem professor para dar as aulas. As bibliotecas estão desatualizadas, os laboratórios de informática, quando existem, não atendem à demanda. E para piorar, se queremos estudar, temos que pagar transporte, mesmo a educação sendo “gratuita”, pois nos negam o direito ao Passe-Livre Estudantil.

O FUNDEB, longe de garantir as verbas necessárias para as escolas de nível fundamental e médio, não resolve o problema do sucateamento das escolas. É um fundo vinculado à porcentagem de arrecadação de impostos que sofre cortes de praticamente 50%, pois o orçamento dos municípios é desviado para a dívida pública, através da Lei de Responsabilidade Fiscal criada por FHC. Lula poderia resolver esses problemas se rompesse as alianças com a burguesia, a coalizão com os partidos da burguesia.

É preciso que seja garantido todas as verbas necessárias para resolver os problemas da educação, é preciso que ao invés de pagar a “dívida pública”, o dinheiro do povo retorne ao povo em forma de investimentos massivos em educação, emprego, saúde e moradia.

Somos contra a divisão do movimento estudantil. Queremos vagas para todos nas universidades públicas! Foi com essa luta que construímos a UNE, a UBES e organizamos o Movimento Estudantil, e é a essa luta que continuamos fiéis. Continuamos firmes na luta por igualdade pois é essa a luta em caminho ao socialismo. As cotas não criam uma só nova vaga na universidade, apenas dividem as existentes em raças, jogando um estudante contra o outro na disputa das poucas vagas. Da mesma forma repudiamos as políticas racialistas, que buscam dividir o país em raças, como faz o Estatuto da Igualdade Racial. A única divisão existente é a divisão de classes, dos que nada possuem (os trabalhadores) e os que possuem as riquezas (a burguesia).

Sabemos que é possível, não num futuro distante, mas desde já, termos a escola que queremos, com prédios estruturados, laboratórios, assistência estudantil, melhores salários aos professores, e universidades para garantir todos no ensino superior! As verbas existem, o problema é que estão sendo enviadas aos capitalistas com a dívida pública, só no ano de 2008 foi cerca de R$ 180 Bi. E mais de R$ 250 Bi para conter os prejuízos dos capitalistas com a crise.

Durante anos os governos disseram que não tem dinheiro para a educação, mas em poucos meses esses mesmos governos desviaram trilhões de dólares para os capitalistas enfrentarem a crise. Não tem dinheiro para a educação, mas tem dinheiro para os capitalistas?

Essa é uma crise do sistema capitalista, uma crise de superprodução característico da anarquia capitalista. Com a crise fica ainda mais evidente a podridão do capitalismo. É o capitalismo o responsável pela fome, pela miséria, pelas guerras. É por conta desse sistema que os filhos dos trabalhadores são excluídos do lazer e da cultura, jogando milhares nas drogas e nas armas e balas do trafico e do crime organizado. Queremos outro mundo. Um mundo no qual todos tenham direito à educação, diversão, arte, e emprego! Um mundo sem a exploração do homem pelo homem!

A situação de nossas entidades é preocupante. A UNE, a UBES e a maioria das entidades gerais estão na “mão do Estado”. Cooptados por verbas e projetos públicos além do esquema de carteirinhas, está comprometida a independência política das entidades. Para nós os Grêmios, Centro Acadêmicos, DCE’s, UEE’s, UBES e a UNE precisam ser retomadas para a luta, assumindo o papel de verdadeiros sindicatos de estudantes, que organiza a luta junto aos trabalhadores, fazendo a ponte entre cada reivindicação do dia-dia com a necessidade de uma luta maior, a unidade dos estudantes e dos trabalhadores para a construção do socialismo.

· Contra o sucateamento e a privatização do ensino fundamental e médio! Mais verbas para a educação!
· Não à divisão do movimento estudantil!
· Queremos vagas para todos nas universidades públicas já!
Abaixo o capitalismo, viva a luta dos trabalhadores

Primeiros Assinantes: Juventude Revolução - JR (Organização de jovens da Esquerda Marxista), Luana (Diretora da UJES - União Joinvillense dos Estudantes Secundaristas /SC), André (Diretor da União Estadual dos Estudantes - UEE/SP), Andréa (Secretária Geral da Associação Mato-grossense dos Estudantes - AME), Virginia (Tesoureira da União dos estudantes de santa cruz do Capibaribe – USC/PE), Gabriel (Diretor de Escolas Técnicas da AME/MT), Leonila (Diretora de Combate ao Racismo da AME/MT), Gabriel (Diretor do Grêmio Estudantil Escola Técnica Rúi Bloe /SP), Ingrid (Diretora do Grêmio Estudantil Basilides de Godóy /SP), Johannes (Presidente do Grêmio Estudantil Pres. Médice /SC), Iago (Vice Presidente do Grêmio estudantil da escola Dr. Tufi Dippe /SC), Mayara (Presidente do Grêmio estudantil da escola Paulo Medeiros /SC), Mario (Diretor do Centro Acadêmico de História da UFPR), Jaqueline Cisne (Diretora do Diretório Acadêmico de Artes da UDESC), Franicne Hellmans (Diretora do Diretório Acadêmico de Comunicação Social do Ielusc, Joinville /SC), Estéfane Emanuele (Coordenadora Nacional do Movimento Negro Socialista), Caio Dezorzi (Coletivo Municipal da JPT-SP), João Diego Leite (Diretor da JPT de Joinville /SC), Tiago de Carvalho (Diretor da JPT de Joinville /SC), Daison Roberto Colzani (diretor da JPT de Joinville /SC), Evandro Colzani (diretor da JPT de Joinville /SC).